CURSO DE COMUNICAÇÃO E AGROECOLOGIA
Essa é a pergunta que norteia todos os momentos
de discussão do Curso de Comunicação e Agroecologia, promovido pela RENDA em
Parceria com o Terral.
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Foto:Domênica Rodrigues |
No dia 05, o curso começou com uma atividade
mística de chegada onde todos e todas foram convidados, a olhar para si e para
o outro na intenção de se perceber parte necessária do espaço de construção de
conhecimento que propunha a Rede Nordeste de Núcleos agroecologicos. Após a mística, cada NEAs foi convidado a
construir o nosso mapa da comunicação. Cada Núcleo trouxe para ser apresentado
suas experiências praticas ligadas a comunicação e suas expectativas em relação
ao Curso de Comunicação Popular e Agroecologia, a cada relato de experiência
pudemos perceber que muito já se faz no que diz respeito a Comunicação contra
hegemônica.Em todo o momento foi externada a necessidade de um comunicador
social que tenha a função direta de comunicador, no entanto, afirmou-se que nas
instituições essa célula é a mais frágil. Conforme citam alguns representantes de
núcleos, o papel da comunicação é ressignificar as estratégias de comunicação
dominadas por eles para que essas possam servir de base informativa com uma linguagem
do campo para o campo:
“Em Mossoró a
comunicação ainda esta caminhando, não temos ainda um comunicador.” UERN
“Contratar um comunicador
(a) popular é um avanço para as organizações”. Fund. Chapada
“Procuramos
fazer uma comunicação diferente e de fácil acesso.” UFC – CE.
“A comunicação
que a gente pretende construir é para dar visibilidade à luta dos povos do
campo.” Amargosa - BA.
Encerramos o dia com a apresentação da
programação e a construção dos acordos para o dia seguinte
Que
Agroecologia queremos fazer?
Esse foi o mote do segundo dia do Curso de
Comunicação e Agroecologia, promovido pela RENDA em Parceria com o Terral.
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Foto: Domênica Rodrigues |
Nesse dia 06 durante todo o período da manhã,
assim que se encerrou a mística de acolhida, foi exibido o documentário “O semiárido
contado por sua gente”, foi realizada uma roda de conversa sobre Comunicação e
Agroecologia, o Centro Sabiá e a Campanha permanente contra agrotóxicos e pela
vida, após introdução sobre a comunicação como direito feita por Catarina de
Angola do Coletivo Terral,cada convidado apresentou as experiências exitosas no
campo da comunicação em relação a cada organização, campanha e ou movimento,
sempre alinhando suas palavras a necessidade de garantir a valorização do saber
popular e da construção das estratégias de comunicação a partir do campo, para
Lau a comunicação deve ser usada como sinônimo de luta, resistência e acima de
tudo como a serviço da sociedade. Ela, ainda afirma que mesmo tendo avançado
muito os processos de construção democrática da comunicação nos projetos do
centro sabiá ainda é preciso sensibilizar mais pessoas para pensar a
comunicação: Precisamos ter o
discernimento para ter a capacidade de mobilizar mais pessoas do campo para
pensar a comunicação. Lau.
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Foto: Domênica Rodrigues |
A Campanha permanente contra agrotóxicos e pela
vida, apresentou papel na garanta o grupo presente um pouco do que era a
campanha e como a comunicação e as mídias livres tem importante papel na
garantia da acessibilidade á informação, aliado a isso ainda afirma que a
responsabilidade pela escolha e pela forma como se comunica alguns conteúdos
podem dar destaque ou apagar a matéria a ser divulgada e completou afirmando
que a comunicação popular é zeladora da memória da comunidade. Alan defende o
direito a construção do conhecimento e da comunicação local e defende a
valorização do saber camponês construído e divulgado pelo próprio camponês.
Falando um pouco do papel da rede qual o objetivo de curso de Comunicação Popular a equipe RENDA, esclareceu a importância do curso
para a manutenção da REDE e de como ela precisa da participação de todos e
todas para se manter em movimento para ela: “Esse
curso
é importante para garantir que essa rede tome corpo , por que
acreditamos nos processos mais que nos projetos e o processo seria o da
comunicação,
e esse é um processo que vai nos ajudar a entender como a comunicação
perpassa
pelos núcleos e como isso também fortalece a agroecologia e como essa
agroecologia esta por dentro da universidade.” Uschi
No período da tarde foram realizadas
quatro (04) oficinas temáticas: Radio Vídeo e fotografia, Facilitação Gráfica e
Texto para WEB, todas facilitadas por Terral e Raissa aluna da UFRJ que veio
compartilhar de seu conhecimento. Todas as oficinas decorreram até o momento do
jantar.
A noite a programação cultural foi construída
por todos os participantes, tornando esse um momento de integração e mais uma
vez de construção coletiva entre cada NEA ali representado.
SOMOS TODOS COMUNICADORES!
Com a conclusão de que todas e todos são
comunicadores que chegamos ao final do curso de comunicação, que tratou
principalmente do tema como um direito humano.
Na manhã do domingo os grupos trouxeram as
produções de cada oficina temática.
Respondendo ao mote:
Como
as oficinas vão lhe aproximar do processo de comunicação In loco?
Produção
de texto para Web, com Mariana Reis: “Para o NEA essa oficina é
importante porque me aproximou do processo de construção de um texto, porque
assim a gente pode falar da importância do que estamos fazendo agora de
importante para a REDE e para os núcleos”.
Rádio,
com Daniel Lamir: “No geral o rádio é uma grande ferramenta,
ontem teorizamos os assuntos sobre rádio e aprendemos a fazer um programa de
rádio com o celular.”
Facilitação
gráfica, Raissa Theberge: “Descobrimos que facilitação e registro é a
mesma coisa, aprendemos a trabalhar ás metáforas visuais”
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Foto: Domênica Rodrigues |
Foto
e vídeo, Débora Brito e Méle Dornelas: “Essa oficina mostrou que fazer
vídeos e fotos, não é difícil e que para a Rede fortalece o processo de trabalhar
o coletivo e para a RENDA uma forma de valorizar os grupos e também cuidar do
que estamos fazendo.”
Após apresentação dos grupos foi realizada a
avaliação e cada um com a bagagem mais cheia seguiu seu caminho comunicando e
tecendo ainda mais os pontos dessa rede.
² NEAS - Núcleos
de Estudos Agroecologicos / RENDA – Rede Nordeste de Núcleos Agroecologicos
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