quarta-feira, 22 de março de 2017

Plataforma #ChegaDeAgrotóxicos é lançada no Brasil




Construído por diversas organizações, site explica ameaças de retrocessos na legislação de agrotóxicos e coleta assinaturas para pressionar pela Política de Redução de Agrotóxicos

Foi lançada nesta quinta-feira (16) a plataforma online #ChegaDeAgrotóxicos. A ferramenta é uma estratégia de mobilização da sociedade na luta contra os retrocessos que podem colocar ainda mais venenos na mesas da famílias brasileiras.

Preocupadas com o chamado Pacote do Veneno – uma série de medidas que visam liberar ainda mais o uso de agrotóxicos no Brasil –, diversas organizações da sociedade se juntaram para construir a plataforma #ChegaDeAgrotóxicos. O site recolhe assinaturas contrárias ao Projeto de Lei 6299/2002, do agora ministro da agricultura Blairo Maggi, e divulga informações sobre os riscos dos agrotóxicos.

Carla Bueno, da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, explica o objetivo deste movimento: “Queremos alertar a sociedade para o enorme risco que estamos correndo caso o Pacote do Veneno seja aprovado. Nossa proposta é a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (PNaRA), que é composta por uma série de medidas que restringem os agrotóxicos e podem nos livrar do posto de maior consumidor de venenos do mundo”.

A PNaRA foi construída há mais de dois anos, numa parceria entre a sociedade civil e o governo, no contexto da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica. Na época não pôde ser implementada pois foi vetada pelos ruralistas. Entre as medidas contidas na PNaRA, estão o fim das isenções fiscais para agrotóxicos, e a criação de zonas livres de agrotóxicos e transgênicos para incentivar a agroecologia no Brasil.

“O agronegócio, além de ser 100% dependente do uso de agrotóxicos, representa um grande entrave para o desenvolvimento da agroecologia e a produção de alimentos saudáveis. É preciso dar um basta nos ruralistas, e iniciar uma transição do modelo de produção agrícola em nosso país e para isso a Reforma Agrária se coloca na ordem do dia”, afirma Carla.

Projetos de Lei

As assinaturas recolhidas no site chegadeagrotoxicos.org.br irão servir como pressão para barrar o Projeto de Lei 6299/2002. Nele, há uma proposta de revogação da atual lei de agrotóxicos, e a criação de uma lei de “defensivos fitossanitários”, que acabaria inclusive com o nome “agrotóxico”. Desta forma, todo o perigo representado por estas substâncias ficaria oculto. Além disso, o texto abre brechas para aprovação de novas substâncias que provocam câncer, mutação genética e má-formação fetal.

Ao mesmo tempo, o conjunto de organizações que lançou a plataforma pretende apoiar a aprovação do Projeto de Lei 6670/2016, que institui a PNaRA. O projeto é uma iniciativa da sociedade civil, que propõe mais de 100 medidas para reduzir os agrotóxicos no Brasil.

A plataforma #ChegaDeAgrotóxicos é assinada pela Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, Greenpeace, Associação Brasileira de Saúde Coletiva, Associação Brasileira de Agroecologia, Articulação Nacional de Agroecologia, Aliança Pela Alimentação Saudável, Aliança de Controle do Tabagismo, Central Única dos Trabalhadores, Fórum Nacional de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos, FIAN Brasil, Fiocruz, Fórum Brasileiro de Segurança e Soberania Alimentar, Idec, Slow Food e Via Campesina.

Da página da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida


terça-feira, 14 de março de 2017

MECA - PB realiza oficina de recuperação de área degradada em universidade.

Ocorreu durante os dias 09, 10 e 11 de março na Unidade Referência (UR) em práticas agroecológicas do Coletivo MECA (Movimento de Educação do Campo e Agroecologia), localizada na UFPB Campus III Bananeiras realizou uma oficina sobre: “Recuperação de área degradada e implantação de sistema agroflorestal para produção de alimentos orgânicos”,esta oficina/curso faz parte do processo de formação da equipe do projeto “ As cores do solo” que irá apresentar e conduzir ações formativas para toda comunidade, no que tange os assuntos ligados as mais variadas formas de se construir tecnologias sustentáveis, no semi-árido paraibano, seguindo os princípios agroecológicos. 

O curso  foi ministrado pelo  Agrônomo Flávio Duarte integrante da ABA-NE e RENDA-NE, teve como fundamento o entendimento dos sistemas agroflorestais, como resultado do processo formativo foi implantada uma unidade experimental pedagógica agroflorestal para fins educativos na universidade. 

Segundo a equipe de organização, foi através dessa atividade que os alunos e alunas puderam desde já transformar a paisagem da universidade: Através da força do mutirão as e os participantes da oficina tiveram a oportunidade de modificar a paisagem que antes não passava de uma área com pouca diversidade dominado pelo capim Braquiária para uma área rica em diversidade, visando também a regeneração do solo antes degradado pelo uso intensivo de máquinas, declarou.

Assistam o vídeo! 







Por: Lucas Salla - MECA - PB

Edição: Domênica Rodrigues - Equipe RENDA