terça-feira, 8 de novembro de 2016

CURSO DE FORMAÇÃO EM AGROECOLOGIA, SAÚDE E JUSTIÇA AMBIENTAL





TRAMAS E REAJA realiza no Ceará o Curso em Agroecologia, Mulheres e Saúde, ocorrido entre os dias 03 a 06 de novembro.Nesse final de semana, a formação garantiu sua primeira etapa concluída com o módulo 1: Agroecologia, Mulheres e Saúde - Desafios e perspectivas para a promoção da saúde, soberania e segurança alimentar.
O curso contou a participação de 60 mulheres nos debates e vivencias práticas propostas pela metodologia, dentre elas técnicas de ATER, instituições parceiras, pesquisadoras e representantes de núcleos de agroecologia e do RENDA, de movimentos sociais, estudantes e professoras universitárias e agricultoras do litoral, serra e semiárido cearense onde partilharam sobre suas atividades práticas, questionando como os modelos agroalimentares impactam e influenciam no trabalho, na saúde e no modo de vida das mulheres camponesas. No dia 03, a mística e a apresentação dos participantes, antecedeu a abertura da mesa com o tema: Conjuntura política, mulheres e justiça ambiental, e a tarde seguiu com o debate sobre Soberania e Segurança alimentar na Promoção da Saúde, para discutir questões no âmbito dos modelos produtivos do agronegócio, da cadeia produtiva e de consumo da indústria agroalimentar e perspectivas positivas que apontem para caminhos alternativos que fortaleçam a agricultura familiar e camponesa.
No dia 04, todas as participantes puderam sentir um pouco do cotidiano das agricultoras locais a partir de uma vivência prática na Universidade Federal do Ceará, onde se utilizou para a interação com as mulheres o espaço de produção agroecológica situado no curso de agronomia. Lá, as participantes tiveram acesso às práticas produtivas e dialogaram com os técnicos e estudantes da universidade, bem como visitaram laboratórios e experiências de plantas e ervas medicinais da UFC e contou com a mediação do técnico em agroecologia da UFC Narciso Mota. De volta ao centro Frei Humberto, durante a tarde, as mulheres formaram grupos e participaram do diálogo sobre Agrossistema Alimentar e protagonismo das Mulheres, mediado pela Professora Gema Galgani Leite Esmeraldo. No dia 05, todas se deslocaram até o Assentamento Maceió, onde houve trocas de experiências através de visitas às experiências agroecológicas nos quintais produtivos das comunidades do Assentamento, da Produção agroecológica produtiva da Escola do Campo E.E.M. Maria Nazaré de Souza, acompanhada pelos professores e alunos do Ensino Médio, e, também visita ao Centro de Produção de Algas da Associação de Cultivadores/as do Maceió – ACALMA.
O período da tarde deu início à metodologia participativa de cartografia social feminista, mediada pela pesquisadora da Fiocruz/RJ, Daniela Egger que introduzindo conceitos e métodos de construção para uma cartografia social participativa dos territórios das participantes do curso. A tarde seguiu com caminhada até o Acampamento Nossa Terra, que conta a história de luta e resistência do Assentamento Maceió.
O último dia, após banho de mar, o grupo seguiu as atividades com a continuação da cartografia social, fechando com encaminhamento dos próximos módulos e atividades Inter-módulos para continuidade e construção da cartografia.

Saiba mais na página do TRAMAS, ver link aqui no blog.

Texto: Natália Amaral - RENDA - CE
Fotos: TRAMAS/REAJA

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